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sábado, 26 de março de 2011

13ª Parte - Ciclo de Estudo e Oração (C.E.O) - Tema: Os Profetas Menores do AT – Malaquias


Quarta-feira, 23/03/11, participamos de uma reunião maravilhosa para glória do Rei Jesus. Nesta noite, encerramos com o Profeta Malaquias a última parte do estudo sobre os Profetas Menores, e recebemos a especial visita do Ministro de Louvor Esney Menezes, que abençoou a todos com cânticos maravilhosos (Contato: 17 3014-4545 / 9143-2929).

Nossa querida Pra. Suze abriu a reunião de forma revigorante, e o Pr. Júlio trouxe mais uma vez um estudo incrível, que tem ampliado nossa visão teológica, enriquecendo nosso conhecimento sobre o Senhor. O estudo sobre o Profeta Malaquias nos mostra claramente o amor e a misericórdia de Deus para conosco, conta que após o retorno do exílio babilônico, o povo de Israel voltou a descuidar de sua vida espiritual e a cometer os mesmos erros, mas o Senhor os ama tanto, que levanta Malaquias para inspirá-los novamente, falando-lhes do "Dia do Senhor".

Acompanhe o estudo abaixo por Pr. Júlio César:

1.
INTRODUÇÃO
É o último Livro do cânon do AT (Antigo Testamento) de tradição grega. No cânon hebraico é o 12º Livro que finaliza a segunda (o Nebi´im) das três partes para os judeus. Sua posição deve-se provavelmente ao fato de que Malaquias teria sido o último a exercer o Ministério.
Até os dias de hoje há discussões sobre Malaquias, pois para alguns estudiosos esse profeta não teria existido, ou seja, o sobrescrito profético (1.1) além de não trazer informação sobre a ascendência de Malaquias e nem a cidade natal, e nem por chamá-lo de profeta ou qualquer outro título, significaria um substantivo traduzível por “meu mensageiro”.
Para outros estudiosos o nome do Livro seria mesmo Malaquias, e significa em hebraico “meu mensageiro”.

2. CONTEXTO HISTÓRICO
Algumas décadas após a reconstrução do Templo de Jerusalém terminar (concluído em 516/515 a.C.), o povo judaíta estava enfrentando dias difíceis. Havia corrupção no templo (sacerdócio); o povo estava pecando novamente; havia divórcio e novos casamentos com mulheres não judaítas (que adoravam ídolos), em suma, muito desânimo e falta de esperança à nação.

2.1 Autoria e Data
Segundo a tradição judaica o Livro teria sido escrito pelo Profeta Malaquias entre 557 a 525 a.C.
Para alguns poucos críticos estudiosos no assunto, o Livro seria uma obra anônima, como explicado acima, alegando que Malaquias não seria nome próprio, mas um substantivo traduzido para “meu mensageiro”.
Além disso, esses estudiosos alegam que esse Livro seria continuação da segunda seção de Zacarias (vide estudo anterior), mas para haver 12 Profetas Menores (número da completude e perfeição judaica) foi colocado separadamente.
Já para a maioria dos estudiosos e doutrinadores, o Livro além de ter sido escrito por Malaquias, possui uma unicidade, ou seja um único autor.
Sabe-se que Malaquias viveu no período persa, além de que o termo governador (1.8) em hebraico pehâ é um termo da época persa, e assim o livro, para alguns estudiosos, teria sido escrito entre 475 a 450 a.C.

2.2 Historicidade
O período de Malaquias foi um período muito complicado aos judaítas. Judá permaneceu uma província relativamente insignificante do Império Persa; tudo levava a crer que não havia prosperidade para o povo judaíta. Com isso, mesmo após a reconstrução do templo, houve um grande desânimo estabelecido, além de problemas morais naquela sociedade. Os principais problemas de Malaquias, estavam bem associados aos de Neemias: - casamentos mistos; - fracasso nos dízimos; - não guardavam o sábado; - sacerdotes corruptos e problemas de ordem sociais.

3. ANÁLISE LITERÁRIA
3.1 Gênero
O Livro apresenta um gênero profético (oráculos). O autor censura vícios religiosos e sociais, além de predizer o futuro da nação. O Livro apresenta uma série de debates, sendo seis debates mais importantes: 1) Desprezo que os sacerdotes demonstravam por Deus (1:6 a 2:9); 2) Quebra de aliança de Israel (2:10-16), por se casar com mulheres estrangeiras; 3) Debate sobre a justiça de Deus (2.17 a 3:5), 4) Debate referente ao arrependimento (3:6-12); 6) Debate sobre as duras palavras contra o Senhor (3:13 a 4:3).

3.2 Estilo
O estilo do Livro notavelmente criativo é a forma de debates. Há uma discussão acadêmica sobre isso, pois para outros estudiosos o Livro seria uma prosa e já para outros poético. A Bíblia hebraica (BHS) faz a tradução do Livro de forma poética, enquanto que outras traduções estabelecem o Livro no formato em prosa.

4. MENSAGEM TEOLÓGICA
O povo precisa parar de reclamar e questionar Deus. Não podemos ser só críticos, acharmos defeito em tudo. Os justos serão salvos. O arrependimento genuíno e verdadeiro, assim devemos nos voltar para Deus e Ele se voltará a nós. Dê dízimo e oferta com coração e de forma honesta. A volta de Elias antes do Dia do Senhor.

Liturgia: Malaquias 1:2 O SENHOR diz ao seu povo: Eu sempre amei vocês. Mas eles perguntam: Como podemos saber que tu nos amas? Deus responde: Esaú e Jacó eram irmãos, no entanto, eu tenho amado Jacó e os seus descendentes
Malaquias 3:13-15 O SENHOR diz: Vocês falaram mal de mim e ainda perguntam: O que foi que falamos contra ti?
Vocês dizem: Não vale a pena servir a Deus. Não adianta nada a gente fazer o que o SENHOR Todo-Poderoso manda ou vestir roupas de luto para mostrar a ele que estamos arrependidos. É fácil notar que os orgulhosos são felizes, e a gente vê que tudo dá certo para os maus; quando põem o SENHOR à prova, eles não são castigados.

Malaquias salienta o amor imutável de Deus por seu povo, devido à sua misericórdia, que dura para sempre. Quantas vezes duvidamos do amor de Deus?
Muitos inclusive em meio as dificuldades falam mal do Senhor, o cobram e o questionam. Não entendem que a vitória é uma consequência do amor e obediência que oferecemos ao Senhor.
Quantas vezes vemos a vida do ímpio progredir e perguntamos ao Senhor o por que, indignados com a injustiça. Onde estamos firmados, na rocha ou na areia?
Podem dizer o que quiserem, o fato é que Deus ama, tanto que entregou seu único Filho para nos salvar, não podemos esquecer tamanho sacrifício. Ele ama a descêndencia de Jacó e VOCÊ faz parte dela!

Malaquias 1:13 Vocês dizem: Já estamos cansados de tudo isso! e riem de mim e me tratam com desprezo. E ainda me oferecem um animal roubado ou um animal aleijado ou doente. Vocês acham que eu, o SENHOR, vou aceitar isso?

Na época do Profeta Malaquias havia um outro problema: a adoração de mera conveniência em lugar do verdadeiro sacrifício, as pessoas ofereciam ao Senhor animais cegos, mancos, doentes e, até, possivelmente roubados. Pela lei de Moisés, o animal oferecido deveria ser perfeito, o melhor que tivessem (Lv 22:17; Dt 17:1).
Os contemporâneos de Malaquias estavam mais preocupados em ser aprovados pela sociedade do que por Deus. Chegaram ao ponto de tentar enganar a Deus. O desejo de agradar por interesse é o fio condutor da hipocrisia e da falsidade.
A advertência de Malaquias é para nós hoje, embora não exista mais sacrifício de animais. Nossa oferta deve ser pura (Ml 1.11)
Se é tempo, dinheiro ou trabalho voluntário ou, ainda, se é a vida, teremos que ofertar sempre mais que as sobras. Deus não vai aceitar aquilo que é resto ou sobra. A oferta de sacrifício não abre precedentes para uma doutrina capitalista ou servir de pretexto para barganha com Deus. Devemos adorar reverentemente, genuinamente e sacrificialmente.

Malaquias 2:7 Os sacerdotes devem ensinar a verdade a meu respeito, e todos devem pedir conselho a eles para saber o que é direito, pois os sacerdotes são os mensageiros do SENHOR Todo-Poderoso.

Malaquias salienta o desdém aberto e arrogante dos sacerdotes pela Lei e sua influência negativa sobre o povo. O profeta mostra que eles provocam muita queda no pecado. Portanto, ele os adverte de que o Senhor não será um espectador inativo, a não ser que eles se arrependam, serão castigados severamente.
Como temos perdido créditos como cristãos, muitos afastam as pessoas de Deus ao invés de aproximá-las. Não vemos hoje as pessoas interessadas na leitura da bíblia e aprendizado, não buscam conhecimento de Deus e mantém uma fé superficial. Deus nos cobrará!
Nós precisamos do ensino bíblico para saber como adorar, viver de forma a agradar a Deus e também para nos defendermos do inimigo, a palavra de Deus é a nossa armadura, com ela nos blindamos. Glória a Deus!

Mensagens:
- NÃO FALE MAL DO SENHOR, DEUS! DEUS SEMPRE NOS AMOU (1.2 e 3.13)
- OFEREÇA O MELHOR PARA DEUS, NUNCA DÊ O QUE NÃO VALE NADA (1.11-14)
- PARA VER A DIFERENÇA ENTRE O JUSTO E O ÍMPIO: DIZIME DE CORAÇÃO (3.8-18)



Grupo de Louvor


Ministro de Louvor Esney Menezes

Atenção: Próxima Quarta-feira iniciamos nova Campanha de Milagre, você não pode perder!

Bibliografia:
-Dillard, Raymond B & Longman III, Introdução ao Antigo Testamento. Ed. Vida Nova.
-Manual Bíblico SBB
-Derek, Williams, Ed. Dicionario Bíblico. Ed. Vida Nova

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